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Como sua empresa é percebida por quem busca uma vaga de emprego?

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Como sua empresa é percebida por quem busca uma vaga de emprego? A experiência do candidato começa muito antes da entrevista.

Durante muitos anos, o processo seletivo foi encarado como unilateral: a empresa escolhia, o candidato esperava. Mas os tempos mudaram. Com mais acesso à informação, mais consciência de carreira, os profissionais passaram a escolher também.

E essa escolha começa cedo e muito antes da entrevista, da triagem de currículos ou do primeiro “olá”. O profissional já observou sua empresa, pesquisou, ouviu relatos, acessou seu site, leu comentários e formou uma impressão. O nome disso? Employer Branding em ação ou, em muitos casos, a falta dele.

Neste artigo, vamos mostrar o que o candidato percebe antes mesmo de participar do processo seletivo e como a construção da marca empregadora (employer branding) influencia diretamente na atração de talentos e reputação da empresa.

A percepção do candidato começa antes do processo seletivo

Se a empresa pensa que o candidato só começa a prestar atenção depois de ser chamado para uma entrevista, está desatualizada. O caminho de decisão do candidato é proativo:

  • Ele vê a vaga, mas busca a página da empresa no LinkedIn ou em outras redes;
  • Pesquisa no Google “como é trabalhar na empresa”;
  • Fala com conhecidos que já trabalharam ali;

Esse comportamento já virou regra, especialmente entre profissionais qualificados.

 

Employer Branding: sua reputação como marca empregadora

O employer branding é, essencialmente, a forma como sua empresa é percebida como lugar para se trabalhar. Não se trata de slogans prontos, campanhas bonitinhas ou fotos de happy hour. Trata-se de uma construção diária, feita de ações, experiências, valores e coerência entre o que se diz e o que se vive internamente.

Por que o employer branding importa?

  • Empresas com marca empregadora forte recebem até 50% mais currículos qualificados (LinkedIn, 2021).
  • O tempo de contratação em empresas com reputação positiva é significativamente menor.
  • Um bom employer branding reduz os custos com recrutamento (porque os melhores talentos vêm até você).
  • Uma reputação negativa pode afastar até candidatos interessados. Segundo estudo da Glassdoor, 69% dos profissionais não aceitariam uma oferta de uma empresa com má reputação, mesmo estando desempregados.

 

Por onde a experiência começa?

1. A experiência começa no primeiro clique

Sites confusos, formulários longos e falta de retorno já dizem muito sobre sua organização. Cada ponto de contato importa. Um processo simples, transparente e acolhedor comunica profissionalismo e respeito e já diferencia sua empresa no mercado.

 2. A forma como a empresa se comunica com os candidatos revela muito

Mensagens genéricas, automatizadas e impessoais criam distância. Já uma comunicação humanizada, com respostas rápidas e atenção ao detalhe, mostra que a empresa valoriza pessoas de verdade. A comunicação é o reflexo mais visível da cultura organizacional.

 3. Cultura da empresa não se fala, se vive

Você não precisa declarar que valoriza diversidade, inovação ou colaboração. Os profissionais percebem isso no clima, na forma como as lideranças se posicionam e no que os colaboradores compartilham. A cultura é sentida, mesmo em silêncio.

4. As vagas contam histórias (ou deveriam)

Vagas mal escritas, genéricas ou sem informações claras sobre salário, benefícios e propósito não geram conexão. Uma boa descrição de vaga já revela o tom de voz, o nível de transparência e a identidade da empresa. Quem quer atrair bons profissionais precisa comunicar com clareza.

 

O risco de negligenciar a marca empregadora

Ignorar o employer branding é perigoso. E não apenas porque dificulta contratações. Isso pode afetar:

  • A motivação dos times atuais, que sentem a desconexão entre discurso e prática;
  • A imagem institucional, já que a reputação de marca empregadora impacta a marca como um todo;
  • A retenção de talentos, pois colaboradores desmotivados por inconsistência saem e compartilham suas experiências negativas.

 

Reputação não se controla, mas se constrói

Os candidatos observam tudo. Eles percebem quando há descuido, quando falta respeito, quando a cultura é apenas discurso. Mas também percebem quando há intenção, humanidade e verdade. A forma como sua empresa constrói essa percepção antes mesmo da entrevista pode ser o que define se os melhores talentos dirão "sim" ou nunca responderão ao seu contato.

 

Referências: https://www.researchgate.net/publication/211385429_An_integrative_review_of_employer_branding_and_OB_theory; https://revistas.pucsp.br/index.php/ReCaPe/article/view/44726

 

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