Gestão & Cultura
Nos bastidores
DicasO que aprendemos depois de tantos anos entrevistando candidatos?
Ao longo de inúmeros processos seletivos, conhecendo profissionais de diferentes áreas e perfis, aprendemos muito mais do que técnicas de recrutamento. Aprendemos sobre pessoas, sobre como elas se comportam, se comunicam e se apresentam diante de oportunidades.
E a cada entrevista, percebemos que alguns comportamentos se repetem com frequência, revelando o quanto ainda é necessário falar sobre autoconhecimento, clareza e preparo.
Aqui estão alguns dos principais aprendizados que tivemos nesses anos atuando com recrutamento e seleção:
1. O currículo abre a porta, mas não garante a vaga
Muitos candidatos acreditam que o currículo é o suficiente para conquistar uma vaga. Na verdade, ele é apenas o ponto de partida. A entrevista é o momento de mostrar a pessoa por trás do papel, sua forma de pensar, se comunicar e se conectar com os valores da empresa.
2. Respostas objetivas fazem diferença (mas sem virar monossilábicas)
A entrevista tem tempo limitado, e o recrutador precisa compreender sua trajetória e raciocínio com clareza. Respostas muito longas, cheias de desvios e histórias paralelas, acabam prejudicando a comunicação e tiram o foco do essencial. Por outro lado, respostas curtas demais (do tipo “sim”, “não”, “depende”) passam desinteresse e falta de envolvimento. Encontrar o equilíbrio é fundamental: ser direto, mas completo o suficiente para mostrar conteúdo.
3. Falta de coerência entre o currículo e o discurso
Outro ponto frequente é a inconsistência entre o que está no papel e o que é dito durante a entrevista. Datas que não batem, experiências mal explicadas, funções exageradas ou informações vagas podem gerar desconfiança. O recrutador percebe rapidamente quando algo não se sustenta, por isso, seja fiel à sua trajetória. Um currículo verdadeiro e bem explicado vale muito mais do que uma versão “embelezada”.
4. Muitos candidatos falam “o que fizeram”, mas poucos sabem “como fizeram”.
Durante as entrevistas, é comum ouvir respostas como “eu era responsável pelo setor” ou “eu fazia o acompanhamento das rotinas. Essas frases até indicam o que o profissional fazia, mas quando perguntamos como ele fazia, muitos se enrolam e não sabem responder com clareza. É nesse ponto que percebemos a diferença entre quem apenas executava tarefas e quem realmente compreendia seus processos. Em muitos casos, isso também pode nos mostrar quem apenas ocupou o cargo de quem realmente desempenhou bem a função.
5. Autoconhecimento (ainda) é uma habilidade subestimada.
Muitos candidatos têm dificuldade em falar sobre si, suas realizações e seus objetivos de forma objetiva. O autoconhecimento permite que o profissional se apresente com segurança, explique suas escolhas e mostre alinhamento entre suas experiências e o que busca na carreira. Essa clareza transmite confiança e é percebida de imediato pelos recrutadores, fazendo grande diferença na avaliação final.
Conclusão
Depois de tantos anos entrevistando pessoas, aprendemos que as habilidades técnicas são importantes, mas a forma como o profissional se comunica, se comporta e se conhece é o que realmente define o resultado de uma entrevista. Preparar-se, ser coerente e saber falar sobre si são atitudes simples, mas que fazem toda a diferença.
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